Joseph Carasso é, desde Julho de 2024, o CEO do iibCV. Conta com vasta experiência de gestão no sector bancário, tendo passado a maior parte da sua carreira a trabalhar nas subsidiárias do Citibank no Brasil e em países africanos como a Africa do Sul (onde tinha responsabilidade por 30 países e pelo negócio de Instituições Financeiras), o Uganda, o Gana, e, mais recentemente, a Tanzânia, cuja subsidiária liderou entre 2013 e 2019. Trabalhou também na Ásia Central, à frente do Afghanistan International Bank (2019-2024), onde posicionou o banco como peça fundamental em acções humanitárias. A primeira entrevista desde que assumiu o cargo em Cabo Verde, em exclusivo, ao Expresso das Ilhas.
Quais os planos que tem para o iibCV para o curto/médio prazo?
O iib está em Cabo Verde há sete anos e tem-se focado em fazer de Cabo Verde um hub de negócios da África Ocidental e em desenvolver formas inovadoras de financiar a economia local, com novas oportunidades de investimento e de crescimento.
Contamos com uma equipa altamente qualificada, que tem sido o motor do nosso sucesso. O seu valor e excelência são reconhecidos por clientes e demais stakeholders que em nós confiam os seus investimentos.
O iib Cabo Verde é um banco único, com uma visão estratégia extraordinária. É isso que queremos continuar a transpor para a economia nacional, sobretudo naquela que é a nossa área de especialidade: o mercado de capitais. No médio prazo, continuaremos a posicionar-nos como um verdadeiro parceiro das empresas e dos empreendedores no apoio a projetos com impacto na comunidade.
Pela nossa vincada vertente internacional, queremos continuar a apoiar a internacionalização da economia, mas também a diáspora cabo-verdiana, com produtos adequados às suas necessidades de poupança e de investimento.
Diria que o iibCV está em Cabo Verde com uma missão clara: contribuir para o desenvolvimento e para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, das nossas pessoas e das suas famílias, impulsionar o crescimento sustentável, assente em princípios rigorosos de governança e responsabilidade social. E é exactamente esta a missão que queremos continuar a cumprir no futuro.
Onde gostaria de ver o banco nos próximos 5 anos?
Estou certo de que iremos continuar o nosso caminho de afirmação, a abrir as portas do país para o mundo e a tornar Cabo Verde num centro nevrálgico de negócios – tanto com outros países africanos como com a Europa e com a América.
Sabemos que o sector bancário nacional é pequeno e tem vários intervenientes, cada um com as suas mais-valias. Acredito que a nossa natureza global nos distingue e vai permitir-nos continuar a atrair investimento, a acrescentar valor à economia cabo-verdiana, enquanto apoiamos a expansão além-fronteiras de negócios com raízes locais. Diria, portanto, que gostaria que o iibCV continuasse associado à concretização de projetos e de sonhos, pessoais e empresariais.
Continuaremos focados no serviço de excelência que nos trouxe até aqui e que fez com que o banco fosse considerado “Great Place to Work” por quatro anos consecutivos, um reconhecimento da nossa excelência enquanto empresa para trabalhar. É meu desejo que assim continue a ser e é nesse sentido que trabalharemos.
A responsabilidade social é e continuará a ser uma prioridade. Ao longo dos últimos anos, criámos diferentes oportunidades de apoio às comunidades, promovendo a literacia financeira e o investimento em projetos sociais. Iniciativas como as Obrigações Azuis, para o financiamento de projetos estruturais ligados à economia azul, as Obrigações Sociais, que apoiaram as Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, e as Obrigações Verdes, que patrocinaram a implementação do projeto de transição energética no Hospital Universitário Agostinho Neto, o maior hospital do país, continuarão a estar no nosso radar, bem como outras de apoio à saúde e também, em especial, à educação dos nossos jovens.